sexta-feira, 16 de março de 2012

Uma pequena análise sobre "O Clone"

Hoje é dia 2 de março de 2011. Acabei de ver mais um capítulo da melhor novela que já assisti: O Clone (que “vale a pena ver de novo”). Agora eu vejo o quanto o roteiro é complexo e que o final pode até ser previsível em relação aos protagonistas que se amam, mas o enredo é essencial na composição das personagens (coisa que deixa a desejar em quase todas as novelas, já que as personagens, geralmente, são estereótipos jogados num conto de fadas moderno). A cultura não é só plano de fundo da trama, pois nota-se que as personagens estão inseridas de tal maneira nesse contexto, que vivem com humanidade e razão até o que é considerado absurdo aqui no ocidente. Sem falar que não existem maniqueísmos e até a mocinha é considerada promíscua e, por vezes, errada por seguir à risca seus sentimentos, sem pensar em outra coisa que não seja a sua felicidade. Não existe o elenco secundário e todas as personalidades são abordadas com intensidade, desde a angustiada Zoraide até o próprio clone -será que ele tem a mesma alma do Lucas?. Ah, e o Lucas chora quando pensa na Jade. Essa novela me faz pensar muito, inclusive nos costumes dos muçulmanos que são mostrados com uma linha de raciocínio não tão lógica, mas muito correta, bonita. Existem muitas lições que podem ser tiradas dessas crenças. A mulher ter que ficar bonita em casa para o marido é uma obrigação um tanto machista, mas estranhos somos nós, que queremos é nos arrumar para o mundo e não só para quem amamos – existe aí uma superficialidade que pode ser encarada como uma maneira de dar valor ao que se tem. Os casamentos arranjados dão a oportunidade dos corações solitários aprenderem a amar, contanto que ambos sigam o costume de manter a harmonia dentro da casa e sempre se respeitarem. Existem coisas que, de fato, são cruéis para quem crê, mas não se pode ser radical ao analisar uma sociedade dessas já que “whatever works”.

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