Estou confusa. Não no sentido que dói a cabeça e
rasga neurônios. Não sei se quero muito ou se quero pouco, se preciso de mais
ou de menos. Transformei-me naquilo que nunca desejaria ser: realizo uma meta
de cada vez, sou pragmática, tenho um foco e depois de atingi-lo já não saberei
mais de mim. Tornei-me parte da estrada por onde as vidas ligadas no piloto automático
prosseguem, apertadas e competindo entre si. Continuo a dominar a direção e o
sentido, mas a trajetória segue em movimento retilíneo uniforme. Até as
lombadas já impregnaram no meu solo e nem sinto mais os altos e baixos: parecem
todos planos. Se paro a fim de tomar um ar, me deparo com uma curva fechada
que muitos enxergam, mas poucos têm tenacidade suficiente para contorná-la. Essa
curva mexe muito comigo, mas ainda sim, faço parte dos muitos.
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